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segunda-feira, 28 de março de 2011

Ancine e teles apostam no IPTV para conteúdo

A agência de cinema e as operadoras estão na expectativa da aprovação da regulamentação da TV sobre internet para ampliar a distribuição de audiovisual



A Agência Nacional de Cinema (Ancine), os fabricantes de redes e as operadoras de telefonia fixa acreditam que, até junho deste ano, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprove, finalmente, as normas que regulamentam o serviço de TV sobre protocolo internet (IPTV).

Enquanto na maior parte dos países do mundo o IPTV é encarado apenas como uma tecnologia, no Brasil, por pressões políticas, o padrão é considerado um serviço que, teoricamente, concorre com a televisão. Mesmo assim, Ancine, teles e alguns fabricantes, que participaram do 25º. Encontro Tele.Síntese em São Paulo (SP), têm a expectativa de que o IPTV seja regulamentado e que libere as teles para distribuir audiovisual sob demanda.

Na opinião de alguns executivos, a longa espera por essa regulamentação, de quase seis anos, deixou o Brasil isolado no mundo. “Durante esses quase seis anos em que debatemos a liberação ou não do IPTV e de seu uso pelas operadoras de telefonia, a tecnologia e o mercado esmagaram qualquer benefício que o IPTV poderia dar à distribuição de vídeo pelas operadoras”, afirma o presidente da Alcatel-Lucent, Jonio Foigel. Nesse período, o avanço tecnológico permitiu o surgimento de novos serviços, como os prestados por meio de OTT TV (Over-The-Top-TV, que é a entrega de vídeo via internet por meio dos mais diversos dispositivos conectados - PC, notebook, tablets, celulares - e cujo maior representante mundial, atualmente, é a Netflix).

Para o presidente da Ancine, Manoel Rangel, é natural que, se as redes convergem, todos os sinais deverão trafegar sobre essas redes, inclusive a distribuição de conteúdo sob demanda. Essa convergência, na opinião de Rangel, longe de competir com a TV paga, fará com que os serviços lineares, da TV por assinatura, convivam com os serviços sob demanda. A previsão da Ancine é que os serviços de TV por assinatura (distribuição linear de audiovisual) têm potencial para chegar, em três a quatro anos, a 50% dos domicílios brasileiros.

Por enquanto, os players aguardam os próximos movimentos da Anatel. A Oi, por exemplo, espera entrar com o serviço de IPTV em operação até o final deste ano. Mas, esse prazo pode ser antecipado se o Congresso Nacional aprovar, até junho, o Projeto de Lei 116 (PL 116), que unifica as regras da TV por assinatura e libera as teles para oferecer TV via cabo.

mmonline

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