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sexta-feira, 25 de março de 2011

Google pode publicar revista trimestral nos EUA

Publicação da empresa, Think Quarterly, é digital, gratuita e aborda o mundo dos dados e sua influência nos negócios



O Google lançou seu primeiro título, Think Quarterly, de forma discreta. A revista é digital, publicada no Reino Unido e será trimestral, voltada para o mercado corporativo e colaboradores da empresa. Alguns sites afirmam que a revista é um passo importante do Google para se tornar uma empresa de mídia, o que a companhia nega. Aparentemente, o Google deve lançar a Think Quarterly também nos Estados Unidos.

Um dos editores da revista, Holly Finn, aparece no expediente como ex-editor do jornal Financial Times e atual editor da publicação nos Estados Unidos. A maior parte da equipe editorial, no entanto, está baseada no Reino Unido, como Simon Rogers, editor do jornal britânico Guardian, que contribuiu na primeira edição da revista com um artigo sobre o CEO da Vodafone, Guy Laurence.

A despeito do alcance inicialmente limitado do projeto, a Think Quarterly pode mostrar o que a maior empresa de busca do mundo e também proprietária do Google News é capaz de fazer ao produzir seu próprio conteúdo.

Ainda que alguns já afirmem que o Google agora é uma empresa de mídia, a Think Quarterly é descrita como uma "publicação de marketing", uma definição que parece correta, já que o título foi desenvolvido pela agência criativa Church of London e foi distribuído apenas aos parceiros do Google no Reino Unido.

"Como a maior parte das empresas, o Google, regularmente, se comunica com seus clientes empresariais via e-mail, newsletters, atualizações nos blogs oficiais e materiais impressos", anota a Think Quarterly em sua edição online. "Nesta ocasião, enviamos uma revista sobre dados, chamada 'Think Quarterly', a um pequeno número de nossos parceiros e anunciantes no Reino Unidos. Ficamos lisonjeados com a reação positiva, mas não temos planos de começar a vender a revista.

Embora Think Quarterly permaneça firmemente destinada aos parceiros do Google e anunciantes, se você estiver interessado no assunto dados, leia mais na seção 'Sobre'", postou a revista. Procurado, o Google não quis comentar nada além disso.

Embora o gigante do Sillicon Valey seja famoso por se agarrar às suas próprias raízes e tecnologias, com a revista é a primeira vez que o Google paga por conteúdo original e produz além das postagens no blog da empresa. E algo que não é feito simplesmente por funcionários.

Em sua defesa, o Google continua a afirmar que a Think Quarterly é apenas um folheto da empresa, um material de marketing para atrair e manter contato com seus clientes. No entanto, enquanto um artigo com o economista Hal Varian pode caber nessa definição, uma reportagem longa e profunda sobre o sr. Lawrence, diretor executivo de uma das maiores empresas da Europa está muito mais próxima do jornalismo. Na verdade, não se pode afirmar se Think Quarterly é marketing ou jornalismo, embora a combinação de ambos os conceitos possa ser uma descrição mais precisa.

De qualquer maneira, não importa como essa publicação seja definida. O Google é uma empresa de mídia e sempre foi. Um negócio construído sobre a venda de publicidade para o público é a essência de qualquer empresa de mídia, independentemente se a empresa paga ou não para imprimir as palavras.

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